terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Chegou, Chegou, Chegou!



Nunca pensei que ficaria tão feliz por receber um livro.
Minto, pensei e já fiquei sim...
e inúmeras vezes.
Recebi hoje, 17 de dezembro de 2013, o perdoe-me tanto laquê, da Juliana Gervason. Recebi-o no trabalho, com dedicatória. Li-o na meia hora final do expediente e o reli no ônibus. Segurei-me para não transbordar em alguns trechos. A coragem de se deixar ver através das palavras me emociona.
A POESIA ME EMOCIONA.
Como não acredito em coincidências, apesar de achá-la uma palavra bonita, este livro veio quase que concomitantemente com o meu primeiro Clarice (A Paixão Segundo G.H.).
Ainda sem me recuperar de minha primeira imersão em Clarice, mergulho, e fundo, na Gervason, mesmo que protegida por laquê.
Elas agora vão ficar lado a lado em minha incipiente estante.
das carências, é assim, um dos que mais me chocou.

Com a licença da autora, pô-lo-ei aqui:

- carência, seu moço, o que é carência?
-carência é vazio, menina. é não ter. é falta. é hiato.
- mas carência dói?
- não, carência não se sente, tem.
- então carência é assim: quando cê recebe um email de vírus, que fala “te amo” no assunto e cê tem vontade de abrir assim mesmo.
porque cê sabe que é vírus. Mas é que o te amo, ainda que dito por um vírus, acalenta um pouco o que dói lá dentro e cê acha que até ser amado por um vírus é ainda melhor do que não ser amado por ninguém?
Juliana Gervason, in perdoa-me por tanto laquê.

AH! Como diria Fernando Pessoa:


ESTALA CORAÇÃO DE VIDRO PINTADO!

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